segunda-feira, 30 de abril de 2007
VASO
Queria sentar-me aqui e ficar dedilhando estas teclas sem parar,como se o tempo, todo meu, sustasse no vácuo e eternizasse para sempre este mergulho sem fim. Queria encontrar um lugar de baixo de árvore, imensidão na vista, um ombro gostoso para voltar, um chá e uma torrada. Olhar com carinho teu rosto, passar minha mão quente e macia em tua face e deixar ver em ti a imensidão. Em frente à janela de vidro, que ocupa toda a extensão da sala, o sol envermelha o céu e a terra antes que se deixe cair o manto da noite. Componho-me em frente a esta visão e assim me deixo levar embalada no belo e no mágico. Sinto tua mão forte, grande e segura tocando meu ombro com quentura. A taça nos toca as mãos, deixo descer vagarosamente o saboroso vinho por minhas entranhas. Doces frios correm por minha pele. Deixo cair minha cabeça no teu ombro. Fecho os olhos. Adormeço em mim.
4 comentários:
Que linnnnnnnnnndo... A cena que as tuas palavra evocam são mágicas!!
Teu ser flui por tuas palavras. Tua sensibilidade por teus poros.
Tua percepção, caminho da beleza.
Rogo que nos expresses por ti.
E como sabes!
Nunca pares de escrever.
Reencontro vocês aqui. Distante de meus chinelos, perto das maravilhas da natureza, onde a agua nos ensina que a vida é fluxo. Fechar os olhos, ouvir o ruido forte das águas e lançar-se. Ao fundo a compania das palavras dos amigos nos dizem o quanto viver é mágico.
De Foz do Iguaçu
Está em Foz!?...Lá vem inspiração da boa!
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