quinta-feira, 17 de maio de 2007

VEJO


Quem me dera por um segundo permitir-me ficar assim,

vendo em branco, já porque em negro não se vê mais,

e valha-me Deus, ainda não cheguei lá.

Quem me dera não saber do cinza que pinta o ar,

desenhando retas e curvas sinuosas,

dita realidade que ousam em me firmar.

Quem me dera permanecer debruçada em parapeitos

olhando distraida a rua molhada em neblina,

fumaça branca da pele umedecida.

Quem me dera permanecer neste pulsar intenso,

arrepio de alma e ardente flamejar.

Crio e recrio. Nasço e morro.

Desenho colorido e me deixo amar.

5 comentários:

Celina Alcantara Brod disse...

E assim vais ficando cada dia mais colorida..e colorindo as pessoas ao teu redor!!!

Anne M. Moor disse...

Debruçada nos parapeitos
Olhando as estrelas,
a lua adormecendo...

Anônimo disse...

Me encanta a pureza e simplicidade de sua poesia.

Anônimo disse...

Maria:
Fico impressonada com a beleza plática do seu blog.
Sinceramente, ela divide minha admiraçao com seus poemas.
Tem poesia nas sua imagens.Um bom gosto impressionante.
Parabéns
Lú.

Anônimo disse...

digo, beleza plástica.