
Quem me dera por um segundo permitir-me ficar assim,
vendo em branco, já porque em negro não se vê mais,
e valha-me Deus, ainda não cheguei lá.
Quem me dera não saber do cinza que pinta o ar,
desenhando retas e curvas sinuosas,
dita realidade que ousam em me firmar.
Quem me dera permanecer debruçada em parapeitos
olhando distraida a rua molhada em neblina,
fumaça branca da pele umedecida.
Quem me dera permanecer neste pulsar intenso,
arrepio de alma e ardente flamejar.
Crio e recrio. Nasço e morro.
Desenho colorido e me deixo amar.
5 comentários:
E assim vais ficando cada dia mais colorida..e colorindo as pessoas ao teu redor!!!
Debruçada nos parapeitos
Olhando as estrelas,
a lua adormecendo...
Me encanta a pureza e simplicidade de sua poesia.
Maria:
Fico impressonada com a beleza plática do seu blog.
Sinceramente, ela divide minha admiraçao com seus poemas.
Tem poesia nas sua imagens.Um bom gosto impressionante.
Parabéns
Lú.
digo, beleza plástica.
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