sábado, 23 de fevereiro de 2008

Beija Flor


Ao meio- dia vens me visitar.
Entras pelas janelas da minha alma e pousas parado no ar.
Suaves beijos, leves toques espalhados, suspensos.
Compartilho contigo cada momento por que te sei.
Profundo silêncio.
Repousas em meu regaço.
Acalentas e embalas meu sorriso.
“Dormirás tranqüilo,
aninhado no conforto da falta que eu te faço.
Morrendo devagar, partícula a partícula...
Os teus órgãos arrefecem -
há quanto tempo não te arde o coração?”
EDUARDO GALEANO. O LIVRO DOS ABRAÇOS.

8 comentários:

Anne M. Moor disse...

"Entras pelas janelas da minha alma e pousas parado no ar."

Isso me remete a várias situações na minha vida...

Jorge Lemos disse...

Vem manso e pousa em tua mão.
Chega, vai, volta. Limpa na ponta do seu dedo, como um beijo, o bico!
Minúsculo ser que te acarinha comos as palavras de ternura que
nos fazem voltar sempre, pela janela do seu coração, as pontas do seu dedo.
Bjs.

Jorge Lemos disse...

dos seus dedos.

Walmir Lima disse...

Para mim não há ave mais simbólica e poética do que o "Beija-Flor".
Só você, Graça, para criar uma figura tão linda.
Que terno poema ao amor!
Beijos à flor.

Celina Alcantara Brod disse...

A tua alma florida chama a visita desse beija-flor. Que encantado fica com teu encanto.
Saudades tua Bruaca!

vittorio disse...

Sem meu beija-flor sinto o tempo escoar.
Já não arde de amor o coração.
Esvaiu-se na ausência da paixão, Onde estarás minha ave para que eu possa me aninhar.

Me fizestes voltar no tempo e ai eu fiquei com saudade das aves que me deixaram aninhar-me em seus ninhos.

Anônimo disse...

E assim compartilha do néctar...êxtase...profundo silêncio.
O coração arde!

Maria disse...

Este beija-flor
Insiste em vir na minha janela. Assim como o carinho de cada um chega na hora certa.
Beijos em cada um: Anne, Jorge, Walmir, minha geminiana, Vitorio e Angela