terça-feira, 26 de junho de 2007

DESANOITECER

Foto: João Alcantara Nunes


Dos galhos secos esperas o nascer do sol.
Despenca a escuridão e o azul pinta na vida os primeiros traços.
Permaneces assim dobrada nas asas,
Ainda da noite fria paralizadas.
Logo sairás em revoada.
Desfruta o amanhecer enquanto o sol ainda espreguiça a vida.
Sorve o sabor do silêncio,
Deixa que a poesia penetre tua carne
E Aquece tua alma nas palavras da noite.
O amor não morre,
As vezes muda apenas de endereço.

9 comentários:

Anne M. Moor disse...

"Despenca a escuridão"... hmmmmmmmmmm tens razão. Um bjo grande na tua mãe.

Flavio Ferrari disse...

Curiosa essa história de tempos verbais.
Eu não gosto do imperativo.
Mas dá para ler a segunda metade mantendo a idéia de presente o indicativo.
Fica mais gostosa, como o ponto de vista de um observador...

Lucas Ninno disse...

Olá Maria!!

Obrigado pelo comentário e pelas boas vindas!

Sempre que puder vou dar uma passadinha por aqui também!

e gostei da poesia!
A aurora me fascina!

Abraços!

Celina Alcantara Brod disse...

"Logo saíras em revoada"..para mim você já está voando alto! Fazia tempo que não te via voar tão livremente, e não sabes o quanto é bom te ver sobrevoando por cima do teu ninho! E no momento certo! Não poderia ter sido antes ou depois, está sendo delicioso resgatar tantas conversas reprimidas,escutar tua voz sem cobrança, te admirar como mulher que não conhece o superficial!
A ave-mãe que sempre me ensinou a voar mais alto, por mais que fosse desafiante! Gostaria eu de ter a capacidade de levantar voô tão bravamente como tu fazes sempre que queres!
Te amo e estou com saudades!

Anônimo disse...

Muito bonita a poesia. Gostosa de ler. Espero sempre reencontrar o endereço do amor (pelo marido, pelos filhos, pelos parentes e pelos amigos- antigos e novos)- Um abraço- zuleica

Maria disse...

Anne, tem momentos na vida que a luz nos pega de olhos meio borrados da noite.
Flavio, tens razão. Mas como eu falava para mim mesma acabou saindo no imperativo.
Obrigada Lucas. Vole sempre!
Querida filha, nem tanto, nem tanto, mas a gente sabe.
Zuleica, como sempre carinhosa, por estas e outras que ando com a agenda en dia.

Maria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flavio Ferrari disse...

O amor não morre, mas também não muda de endereço.
Fica sempre em casa...

Maria disse...

Na casa do coração